Desde que li um livro chamado Azeitonas – Vida e Saga de um Nobre Fruto, me encantei pelas oliveiras, pelas azeitonas e pelos azeites.
O autor, Mort Rosenblum comprou uma pequena fazenda na Provence e ali, descobriu 150 oliveiras plantadas. Mas elas precisavam de cuidados ….
Rosenblum viaja então por todos os lugares onde se cultivam desde sempre, as “azeitoneiras”, apelido que dei a estas lindezas.
Ele foi para Israel, Tunísia, Andaluzia, Toscana, Califórnia, Grécia entre outros para conhecer melhor as espécies, as técnicas de cultivo e colheita, as particularidades e curiosidades no que se refere ao mundo das oliveiras, cada uma dessas terras.
Fiquei tão apaixonada pelo assunto que comecei também a mergulhar nesse mundo com muita curiosidade e, inspiranda por Mort Rosenblum, também tenho gostado de viajar para conhecer alguns locais produtores de azeites.
Em um desses passeios, conheci o Moinho Jean Marie Cornille.
Este moinho de azeites em Maussane-les-Alpilles na Provence, foi construído em 1600 e, em 1924 passou a ser usado no sistema de cooperativa.
Este é um dos moinhos mais importantes da França (e um dos mais antigos do mundo) e preserva os métodos ancestrais de prensagem que, em 2003, foram complementados por ferramentas modernas de trabalho.
Olha como são colocados os rótulos!
Eles encaixam as garrafas, uma a uma em uma caixinha que deixa as garrafas em um ângulo adequado para a colagem manual dos rótulos !
Os azeites, as azeitonas, as tapenades são paixão mesmo e, cada vez que ando por aí conhecendo, vendo e provando essas maravilhas, volto com uma malinha rechada de gostosuras!
Só não dá para trazer uma dessas na mala!
A Espanha também é um grande produtor de azeites com grandes plantações de oliveiras!
Cada lugar tem suas espécies, características de cultivo, poda e colheita.
Na Andaluzia, em Baena, está o moinho e a produção de um dos melhores azeites do mundo (dito pelos entendidos), o Nuñez de Prado.
Eles não filtam seus azeites e, normalmente, engarrafam o óleo em garrafas transparentes porque acham que é muito importante que se veja a cor do azeite.
Neste quesito (garrafas transparentes x garrafas de cor escura ou em cerâmica) há controvérsias porque muitos acham que a luz deteriora o azeite.
Mas em um ponto, todos os entendidos no assunto concordam: quanto mais novo, melhor o azeite está para o consumo!
O moinho Nuñez de Prado também já produz há muito tempo … desde 1795 e ainda podemos ver os vasos antigos de armazenagem deste ouro líquido.
A visita a este moinho é bábara e são muitas as curiosidades que a gente aprende!
Os equipamentos da prensagem são modernos mas conservam o mesmo design, os mesmos modelos e as mesmas técnicas de centenas de anos.
Os irmãos Nuñez de Prado são a quinta geração desta família de produtores.
E foi Felipe (no lado direito da foto) quem nos levou pelas instalações do moinho, nos contou como são as técnicas de manejo, de colheita, de lavagem, prensagem, armazenamento, etc ….
Na Andaluzia ainda, ficamos num Bed & Brakfast – a Casa Olea, no meio de mil oliveiras, e ali, eles também faziam seu próprio azeite!
Fazer uma mesa bonita, inventar um pretexto para reunir gente querida à volta dela e passar uma noite gostosa, são prazeres que considero verdadeiros luxos.
E porque não fazer uma degustação de azeites numa noite dessas com gente querida e bom papo?
E fim de semana está aí e nos bons mercados e empórios, se compra bons azeites vindos do mundo todo.
É só juntar os queridos, abrir as garrafas e provar os azeites com bons pães e vinho!